segunda-feira, 31 de março de 2008

A mesma saída de sempre nos momentos difíceis.


A derrota para o Volta Redonda, na tarde de ontem, foi a gota d'água para o adeus de Alfredo Sampaio do comando do Vasco. Sua saída era anunciada a tempos, pois ele foi contratado, inicialmente, para a função de auxiliar técnico de Romário e só alcançou o cargo de treinador porque era a opção mais acessível após o Baixinho ter pulado fora da nau vascaína. Mas a diretoria nem precisou se dar ao trabalho de dispensá-lo, já que o próprio Alfredo resolveu entregar o cargo.

A decisão de Alfredo Sampaio estaria associada à desentendimentos com alguns jogadores, principalmente Edmundo que tem muita força no clube. De certo mesmo, é a contratação do novo treinador: Antônio Lopes.

Eurico Miranda poderia ter pensado melhor no momento em que buscava seu novo contratado. Lógico que não se pode esquecer os seis títulos que Lopes já conquistou pelo Vasco, mas no momento de marasmo pelo qual o time atravessa é necessário uma renovação. A nova geração de técnicos brasileiros possui bons exemplares, como Zetti(ex-Paraná) e Junior(ex-Cruzeiro), que poderiam dar uma cara nova ao time da Colina.

Porém, para podermos assistir mudanças no campo, é necessário que haja, primeiro, alterações na diretoria. Torço para que Roberto Dinamite vença as eleições presidenciais em São Januário para não termos que aturar mais episódios como ''lei da mordaça''; proibição de alguns meios de comunicação de entrarem nos treinamentos; coletiva do presidente, ao invés de jogadores, após os jogos...

Não só os vascaínos, como também os torcedores do futebol carioca torcem por essa mudança.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Placar previsível, mas futebol surpreendente.

Na noite de ontem, em jogo válido pela sexta rodada da Taça Rio, o Flamengo venceu o Friburguense por 4 x 1 no Maracanã. Mesmo com o rubro-negro embalado, o público foi um fracasso (7.818 pagantes) e o espetáculo que costuma se ver nas arquibancadas foi transferido para o campo, pois os dois times fizeram um jogo muito movimentado com direito a poucas faltas e, o melhor, muitos gols.
O jogo começou com os dois times já mostrando que não faltaria disposição por parte de ambos. Aos 4 minutos, Carlos Alberto quase abriu o placar para o Friburguense após bela troca de passes de seus companheiros. O Flamengo respondeu, 5 minutos depois, com Marcinho que perdeu um gol incrível dentro da pequena área depois de Leo Moura ter cobrado escanteio. Apesar do Friburguense ter criado chances mais claras, quem abriu o placar foi o rubro-negro carioca com Marcinho, aos 18 minutos, após falta cobrada por Juan. O Flamengo não se acomodou com a vantagem e continuou pressionando, o resultado disso foi o gol de Renato Augusto, dois minutos depois do primeiro, que deu um chutaço da entrada da grande área no canto direito do goleiro. Depois desse gol, o jogo esfriou e um lance de emoção só voltou a acontecer 15 minutos depois, quando Carlos Alberto chutou de fora da área obrigando Bruno a se mexer depois de ter ficado um bom tempo só assistindo ao jogo.
Apesar do marasmo do fim do primeiro tempo, os times voltaram a campo com a mesma disposição do início do jogo. Logo aos 30 segundos, Souza recebeu a bola livre para avançar até o goleiro, mas foi superado na corrida pelos zagueiros adversários, o que mostrou sua falta de condição física, e por isso foi substituído por Obina. Aos 10 minutos, Leo Andrade recebeu um lindo lançamento de Ziquinha e chutou no ângulo, um golaço, sem chances para Bruno, deixando os flamenguistas temerosos quanto à vitória que já parecia construída. O Friburguense quase empatou por duas vezes. A primeira oportunidade veio com Leo Andrade que mandou para o gol ‘de letra’, mas a bola foi para fora, e a segunda foi com Ziquinha chutando cruzado renta à trave. Mas quem não faz, leva. O ditado não falhou e o Flamengo fez o terceiro com Leo Moura e o quarto com Marcinho de novo.
O Friburguense, com a derrota, praticamente dá adeus a classificação às semi-finais. Nas próximas rodadas enfrentará Macaé e América, mas esses jogos devem ser só para cumprir tabela, pois o time de Nova Friburgo também não luta contra o rebaixamento. O Flamengo, ao contrário do rival de ontem, colocou um dos pés na próxima fase e só uma catástrofe o fará ser eliminado na fase de grupos da Taça Rio. Seu próximo jogo é contra o Madureira e o seguinte, contra o Vasco, quando Joel já deverá escalar o time reserva novamente. Com os grupos já praticamente definidos, que venham as semi-finais!

segunda-feira, 24 de março de 2008

O jogo de um time só.

Na noite do último domingo, o Fluminense pôs fim a uma escrita que já durava oito anos: vencer o Vasco pelo Estadual. A vitória por 2 x 1 veio com gols de Thiago Neves e Washington que agora tem 13 gols em 16 jogos no ano, enquanto que Edmundo descontou para seu time, no último minuto de jogo, quando a partida já estava decidida.
Thiago Neves mostrou, como tem mostrado constantemente, que não foi convocado à toa por Dunga. O maestro do time mais uma vez desequilibrou um clássico, os flamenguistas lembram bem do que estou falando, sendo decisivo para vitória do Fluzão. Ele fez um golaço, deu o passe para o gol de Washington e infernizou a zaga vascaína com seus dribles enquanto esteve em campo, sempre atraindo mais de um marcador, o que fazia com que seus companheiros tivessem mais espaço para jogar.
Do lado vascaíno, o destaque é negativo. Os jogos contra os pequenos estavam escondendo a inoperância do ataque do time de Alfredo Sampaio, mas contra uma zaga excelente como a do Fluminense foi impossível não percebê-la. No segundo tempo, o Vasco sequer ameaçou Fernando Henrique, pois os jogadores de frente não apresentavam a menor organização tática, parecia um time que não treina junto e que não possui jogadas trabalhadas. A exceção ficou por parte de Wágner Diniz que sofreu o pênalti que originou o gol do Animal.
As semi-finais do Campeonato Carioca parecem já estar reservadas para Fla, Flu,Vasco e Botafogo. Resta agora então, torcer para os times do nosso Rio de Janeiro mandarem bem nas outras competições que disputam. Que os deuses do futebol mandem boas vibrações para Botafogo, Vasco, Madureira e Volta Redonda na Copa do Brasil, mas sem se esquecer de Flamengo e Fluminense na Libertadores.

Botafogo 7 x 0 Macaé

E o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro ainda diz que o campeonato não está sem graça. Sem comentários...

sábado, 22 de março de 2008

Grupo da morte? Só se for para os outros.

Quando foram sorteados os grupos da Libertadores, todos afirmaram que o Fluminense havia caído no grupo mais difícil. Essa unanimidade não foi à toa, pois o Flu teria de encarar a LDU junto com a altitude, o atual campeão paraguaio e o último campeão da Copa Sul-Americana. Porém, o que se vê até agora é uma superioridade do time carioca em relação aos adversários, comprovada pela tabela que mostra o tricolor em primeiro lugar.
Não estou escrevendo isto para criticar aqueles que apostavam que o Fluminense teria uma vida difícil, mas sim para destacar o bom trabalho desenvolvido por Renato Gaúcho e seus comandados. O time vem apresentando um belo futebol e merecem destaque Conca e Gabriel que parecem ter se reencontrado com a boa fase. Mas não se pode deixar de falar de Washington, além de ser um matador nato e candidato a ser artilheiro de qualquer competição que participe, é um sujeito muito humilde que nunca se esquece de elogiar os companheiros que o deixaram na cara do gol.
Apesar da bela campanha na Libertadores, o Flu deve esquecê-la por um tempo, pelo menos até segunda-feira, já que amanhã enfrenta o Vasco pelo Campeonato Carioca. Vontade por parte dos tricolores não faltará, pois não vencem os vascaínos desde 2000 em jogos válidos pelo Estadual. Só espero que a tensão entre os dois clubes devido ao caso Leandro Amaral não passe para o campo e possamos presenciar um clássico quente, emocionante, vibrante, mas jogado na bola.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Pedacinho da Inglaterra no Rio.

Ontem, pela quarta rodada da Libertadores, o Flamengo venceu o Nacional(URU) sem dar sustos em sua torcida. Foi uma vitória convincente com destaque principal para Marcinho que marcou os dois gols da vitória por 2 x 0, mas também brliharam Renato Augusto, Cristian e Luizinho. Este substituiu Léo Moura à altura e ajudou o Mengão a recuperar a liderança do Grupo 4.
Ao estilo do English Team, o Flamengo abusou dos cruzamentos na partida de ontem como mostraram os gols. O primeiro nasceu após uma cobrança de escanteio e o segundo teve origem em um cruzamento de Luizinho. É preocupante ver o time ficar os 90 minutos rodando a bola na frente da área adversária buscando sempre os laterais para que haja o cruzamento, pois isso mostra que o time de Joel não tem poder de penetração nem jogadores com criatividade para resolverem a partida num lance individual.
Um alento para a torcida rubro-negra foi a volta ao time titular de Renato Augusto que é o único que pode trazer algo de diferente à equipe. Kleberson e Ibson são bons jogadores, mas nas suas posições como volantes, não tendo capacidade de fazer o que deve um verdadeiro camisa 10. É bom que Joel pense nesse assunto antes que a jogada de seu time fique ''manjada'' e seu chuveirinho pare de funcionar.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Espetáculo quase perfeito.

Gols, confusões, expulsões, quebra de tabu. Para amenizar um pouco a monotonia do nosso estadual, o clássico de domingo entre Botafogo e Flamengo- jogou com time misto- contou com todos esses ingredientes e terminou com a vitória do time alvinegro por 3 x 2. Com esse resultado, o Mengo perdeu a invencibilidade de quatro anos que mantinha frente ao Fogão e ainda deixou escapar a liderança do Grupo A para o Fluminense que venceu no sábado.
O jogo começou eletrizante com os dois times buscando o gol, sendo a chance mais clara de Wellington Paulista que quase abriu o marcador aos 2 minutos. Porém, aos 22 , ele não ficou no quase e fez seu sétimo gol no campeonato recebendo passe de Jorge Henrique que contou com uma bobeira de Gavilan. O Flamengo não se abateu e continuou atacando, principalmente com Renato Augusto, até que, aos 37 , Léo Moura empatou de pênalti- cometido por Renato Silva em Obina. O primeiro tempo parecia que ia terminar emapatado, mas no último lance Jaílton derrubou Lucio Flavio na área, Zé Carlos cobrou a panalidade máxima e o Botafogo foi para o intervalo em vantagem.
O time de Cuca voltou para a segunda etapa disposto a golear, pois, logo aos 7 minutos, Jorge Henrique ampliou a vantagem para o alvinegro. Aos 11, Joel tirou a única fonte de lucidez do rubro-negro: Renato Augusto. Em seu lugar, entrou Maxi e a partir desse momento o Flamengo se perdeu em campo, parecia que a goleada era inevitável, mas, aos 22, o zagueiro artilheiro Thiago Salles descontou após cruzamento de Egídio. O fim de jogo foi emocionante, com o Mengão buscando o empate na base da raça e o Glorioso tentando matar o jogo nos contra-ataques. Apesar da disposição de ambos os times, não saíram mais gols e a partida terminou 3 x 2.
Queria falar apenas dos gols, dribles e passes, mas é impossível esquecer do papelão cometido por alguns jogadores ontem. Brigas entre alguns atletas mancharam o espetáculo e resultaram em duas expulsões ( Jônatas e Obina). O pior é que essas atitudes podem acirrar os ânimos dos torcedores que, constantemente, são alvos de pedidos de paz, mas que não vêem essa paz dentro dos gramados. Os jogadores devem lembrar que são ídolos para muitas pessoas, principalmente para muitas crainças, e que, por isso, precisam se portar de maneira exemplar e justificar todo o apoio que recebem dos apaixonados pelo clube que ele trabalha.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Passem na locadora ou esperem um pouco.

Mais uma rodada passou e a monotonia do Campeonato Carioca continua. Os times grandes já lideram seus grupos e ao que tudo indica, o desfecho da Taça Rio será igual ao da Taça Guanabara com Fla, Flu, Vasco e Botafogo decidindo quem será o campeão do segundo turno.
A fórmula do nosso estadual é uma das melhores, se não a melhor, do Brasil, mas esse ano o campeonato, com 16 clubes, está inchado, o que leva a uma redução do nível técnico. Isto é a alegria dos times grandes que não encontram resistência contra a maioria dos pequenos e, rapidamente, conseguem se classificar matematicamente às semi-finais, tornando chatas e desinteressantes as últimas rodadas dos turnos que poderiam ser eliminadas caso o número de participantes do campeonato fosse reduzido.
Outro agravante é o fato dos times pequenos não poderem jogar em casa contra os grandes. Esta decisão pode até ter sido justa, já que a maior parte deles não apresenta estádio em boas condições de jogo e de atendimento ao público, mas tirou o único trunfo que tinham contra os grandes. Agora, toda partida é uma grande pedreira para os pequenos que precisam enfrentar um time que já conhece cada milímetro de seu campo, a torcida adversária e, até mesmo, os gandulas. Saudades das dificuldades encontradas pelos grandes no Giulite Coutinho, em Madureira, em Campos...
A falta de competitividade nas partidas se reflete nas arquibancadas como mostra o público do Campeonato Carioca que vem sendo muito pequeno, à exceção dos jogos que põe frente a frente dois times grandes da capital. Isso porque o torcedor gosta daquele jogo duro, emocionante e decidido no detalhe, não que ele ache chato ver seu time golear, mas quando os placares elásticos se tornam uma rotina é melhor passar a ficar em casa do que pagar 40 reais por algo previsível. Para você que gosta de emoção, sugiro que alugue filmes de guerra e bang bang ou então espere até às semi-finais da Taça Rio.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Botando fogo no Carioca.

Tem dado gosto ver o Botafogo jogar nesse Campeonato Carioca. É o time que vem apresentando o futebol mais envolvente até o momento, com destaque para as jogadas ensaiadas e as pacientes trocas de passe à espera do bote final como mostrou a última vitória construída com 3 gols originados em tabelas.
Impossível não perceber a mão de Cuca nesse sucesso. Mesmo tendo perdido seus dois comandados mais talentosos- Dodô e Zé Roberto- ele conseguiu manter o padrão tático que sua equipe já havia alcançado ano passado. As constantes trocas de posições entre os jogadores continuaram, mas seu maior mérito foi buscar atletas desconhecidos ou esquecidos, como Zé Carlos e Wellington Paulista, que fizeram o Botafogo sair da condição de mero participante à favorito ao título estadual.
A peça fundamental para o funcionamento do esquema proposto por Cuca é Jorge Henrique. O baixinho, além de se destacar individualmente com seus dribles curtos e jogadas de velocidade, assumiu o posto de um dos líderes da equipe e vem chamando a responsabilidade para si jogo após jogo, sendo o principal responsável pela dinamicidade e rapidez pedida por seu treinador do meio-campo para frente. Por isso, ele é favoritíssimo a ser eleito o craque do campeonato.
Com todos esses ingredientes, o Fogão tem tudo para conquistar a Taça Rio e o título estadual. Porém, a menina dos olhos da torcida botafoguense é a Copa do Brasil, pois os alvinegros já estão com saudades do gostinho de uma conquista nacional e da emoção de uma Libertadores

segunda-feira, 10 de março de 2008

Guardando fôlego para domingo que vem.

Pela segunda rodada da Taça Rio, Botafogo e Volta Redonda se enfrentaram, ontem, no Engenhão. A partida terminou com o placar de 3 x o para o Fogão, mas, apesar da goleada, o torcedor que compareceu ao estádio não viu um jogaço de bola.
Foram 90 minutos de um futebol lento e pouco insinuante. A explicação para isso talvez seja o fato de que o time da capital jogou sem cinco titulares ou então a inoperância e falta de qualidade do Voltaço que apenas em raríssimos momentos ameaçou a meta botafoguense. O prejudicado com isso foi o goleiro Renan que, na primeira vez em que pode substituir Castillo ( estava suspenso), não teve oportunidade de mostrar sua qualidade à torcida.
Porém, um outro novato teve sorte diferente. Vindo das divisões de base do Bota, Wellington Júnior aproveitou bem a chance que teve ao substituir Abedi, ainda na primeira etapa. A jovem revelação abriu o placar, aos 42 minutos do primeiro tempo, após passe genial de Wellington Paulista, e ainda deu o passe para o último gol do jogo, já na segunda etapa, anotado por Alessandro. O segundo gol foi feito por Túlio, aos 45 minutos do primeiro tempo, contando com um belo trabalho de pivô de Jorge Henrique.
A vitória do time de Cuca foi justa, mesmo tendo apresentado pouca disposição no gramado e não ter criado muitas chances claras de gol, pois foi a equipe que apresentou maior posse de bola e jogou mais tempo no campo do adversário. Na próxima quinta-feira, o Botafogo enfrentará o Duque de Caxias, mas, certamente, a cabeça dos jogadores já estará no domingo, quando acontecerá o clássico contra o Flamengo. Essa será uma partida com ares de revanche para o Glorioso que botará dentro das quatro linhas toda a vontade que faltou nas duas primeiras rodadas da Taça Rio.

Jogo sonolento, mas com alguns destaques.

O Flamengo manteve 100% de aproveitamento na Taça Rio ao vencer, na tarde de ontem, o Americano por 3 x 1 em jogo realizado no Maracanã. Joel Santana optou por entrar em campo com apenas três titulares- Bruno, Leonardo Moura e Toró- mostrando que o jogo foi encarado pela comissão técnica como um teste para os reservas tentarem roubar uma vaga no time titular que está sendo escalado apenas na Libertadores.
Ao que tudo indica, Thiago Salles entendeu bem o recado do técnico e aproveitou a chance que teve. O jovem zagueiro marcou dois gols e teve uma atuação seguríssima na parte defensiva, fatos que devem ter criado dúvidas na cabeça do treinador flamenguista, pois Thiago é o terceiro reserva de sua posição, mas sempre que entra em campo mostra que tem condições de brigar pela titularidade.
Outro destaque foi Maxi que, apesar de não ter apresentado um futebol excepcional, fez o segundo gol do Mengão e mostrou-se voluntarioso desde o primeiro minuto do jogo. Continuando o enfoque nos estrangeiros, o paraguaio Gavilan também começou como titular e fez uma partida razoável sem comprometer, mas deixou claro que ainda não está no auge de sua forma.
O gol de Jessé para o Americano, aos 23 minutos do segundo tempo, não chegou a abalar a torcida rubro-negra, pois logo depois ela foi testemunha de um retorno muito aguardado. Renato Augusto voltou a jogar após ter ficado um mês e meio no estaleiro e surpreendeu a todos que achavam que ele estaria fora de forma e devagar, já que fez ótimas jogadas e realizou um preciso cruzamento para o segundo gol do zagueiro Thiago Salles, dando esperança à torcida de que o setor de criação não dependerá mais apenas dos laterais.

sábado, 8 de março de 2008

Calma.Nem tudo está perdido.

O Flamengo conheceu, na noite da última quinta-feira, sua primeira derrota na Libertadores 2008. O resultado do jogo foi um implacável 3 x 0 para o Nacional(URU) que, além de ter jogado em casa com direito a estádio cheio, contou com a ajuda do destempero dos jogadores cariocas.
A partida começou igual, com chances para ambos os lados abrirem o placar. Porém, desde o início, o Flamengo se mostrou nervoso, talvez pela pressão da torcida ou devido à inexperiência de alguns jogadores jovens, e o sintoma que deixava claro esse descontrole era o grande número de passes errados, até que um desses erros, cometido por Ibson, deu origem à jogada que culminou com o primeiro gol da equipe uruguaia. Logo em seguida, aos 42 minutos, Toró foi expulso por ter agredido um gandula que estava demorando a repor a bola, atitude que demonstrou extrema ingenuidade de sua parte e prejudicou demais seu time.
A segunda etapa começou ainda com a esperança de que o Flamengo conseguisse, pelo menos, o empate, mas Leonardo Moura tratou de acabar logo com ela. Aos 5 minutos, ele deu uma entrada duríssima nas costas de um adversário e foi expulso. O segundo e o terceiro gol foram questão de tempo e, novamente, o rubro-negro carioca chorou, dessa vez de verdade, sobre o gramado.
A derrota era um resultado esperado, mas as consequências geradas são preocupantes. O Mengão agora possui o saldo negativo de dois gols e qualquer resultado da partida Cienciano x Coronel Bolognesi o fará sair da zona de classificação à próxima fase. Além disso, Joel Santana não poderá contar com seu principal armador- Leonardo Moura- de jogadas ofensivas no próximo jogo que será também contra o Nacional, mas dessa vez o palco será o Maracanã. O sinal amarelo foi aceso na Gávea, mas a boa notícia é que das três partidas restantes pela fase de grupos da Libertadores, duas serão no Maraca, onde o Mengo é praticamente imbatível. Resta agora à torcida, torcer; e aos jogadores, um suquinho de maracujá.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Baile no Maraca regido por Dodô e regado a pó-de-arroz

Após 23 anos de espera, deu-se o reencontro da torcida tricolor com seu time em jogos válidos pela Libertadores. Como mostra o placar da partida, 6 x 0, os jogadores do Fluminense fizeram o torcedor que foi ao estádio matar completamente a saudade de gritar gol e ver seu time vencer- fato que não acontecia desde 1971- pela mais importante competição sul-americana.
O esperado era que os argentinos complicassem a vida do time carioca, afinal ninguém é campeão da Copa Sul-Americana por um acaso, mas não foi o que se viu. Embalado pela festa lindíssima que ocorria nas arquibancadas, o Fluzão fez como manda o manual, pois partiu para o ataque desde os primeiros minutos da partida e mandou toda a ansiedade embora com o golaço de falta de Thiago Neves.
Daí em diante, o jogo ficou fácil e passou a brilhar a estrela de um sujeito que parece se recusar a fazer gols feios. Seu nome? Ricardo, mais conhecido como Dodô. Ele fez o segundo gol do Fluminense, mas sua obra de arte ficou guardada para a etapa final. O cruzamento foi de Thiago Neves e enquanto a bola viajava, Dodô mantinha seus olhos fixos na redonda até o momento em que acertou um ''sem pulo'' como pouquíssimos no mundo sabem fazer. Não só os gols, como também sua belíssima atuação serviram para mostrar a Renato Gaúcho que o artilheiro dos gols bonitos não deve mais voltar ao banco de reservas.
Para completar a festa tricolor, hoje o Flamengo perdeu para o Nacional(URU) na casa do adversário também pela Libertadores. A semana, certamente, será de gozações por parte dos torcedores do Fluminense sobre os rubro-negros, mas também será de muita alegria para os apaixonados pelo Madureira que passou para a próxima fase da Copa do Brasil. É o Rio de Janeiro forte dentro e fora do Brasil.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Fim dos testes.Chegou a hora da prova.

Amanhã, às 18 horas, o Flamengo enfrentará sua primeira pedreira na Taça Libertadores 2008. O time de Joel vai encarar o Nacional de Montividéu, um dos clubes mais tradicionais do Uruguai, possuidor de um elenco bem superior comparado a Cienciano e Coronel Bolognesi.Além disso, o jogo se realizará no Grande Parque Central que, com seus 18 mil assentos ocupados, se transformará num verdadeiro caldeirão, mas ao mesmo tempo será uma prova de fogo para jogadores jovens, como Diego Tardelli e Toró, mostrarem que estão prontos para conduzir o time às fases finais.
O clube uruguaio não é o único motivo para dor de cabeça. O torcedor flamenguista deve se preocupar também com o retrospecto do Mengo em jogos fora de casa. Ultimamente, o Flamengo vem se mostrando um time caseiro, pois faz sua torcida sair feliz de quase todos os jogos no Maraca, mas não faz a mesma vibrar quando é preciso assistir o jogo pela TV. Impossível não lembrar da derrota para o Defensor, também do Uruguai, nas oitavas-de-final da última Libertadores e dos resultados ruins no Brasileirão 2007 nos jogos realizados em outros estados.
O receio de que ocorra uma derrota rubro-negra em terras hispânicas é natural, mas também há razões para manter-se otimista. O clube carioca vem embalado pela conquista da Taça Guanabara e a recente vitória do time reserva na Taça Rio mostra que seu elenco não é apenas numeroso, mas também de qualidade. Outro destaque é o técnico Joel Santana que, além de aparentemente possuir o grupo nas mãos, finalmente parece ter atingido a maturidade em sua profissão, já que suas alterações na equipe, declarações e atitudes vêm sendo muito corretas.
Então, amanhã, o Flamengo é o Brasil na Libertadores e por tratar-se de uma partida dificílima, todo o apoio é necessário, mas que será inútil se os jogadores não se sacrificarem ao máximo. O rubro-negro carioca deve se portar como o time grande que é, e não pode assustar-se com a torcida enlouquecida e recuar porque acabará dando espaço a uma equipe de muita qualidade. E qualidade por qualidade, eu fico com a do Flamengo.