quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

2009 promete... ser um péssimo ano para o futebol do Rio.

As transferências de jogadores entre os times brasileiros estão a todo vapor. Fato absolutamente comum em todo mês de dezembro. Mas uma coisa incomum está acontecendo e muito me assustando: o grande número de jogadores saindo de clubes do Rio de Janeiro para clubes do estado de São Paulo.

O mais alarmante nessa estória é que não estão saindo Jailtons ou Zárates da vida. Estão indo embora do Rio nossos melhores jogadores. Renato Silva, Washington e Junior Cesar já foram contratados pelo São Paulo, podendo Arouca ser o próximo a acertar com o Tricolor Paulista. Mádson e Lúcio Flavio já são jogadores do Santos, que também deve tirar Triguinho do futebol carioca. Isso sem falar na “perna” que o Corinthians deu no Flamengo ao contratar Ronaldo, o Fenômeno.

Uma explicação para essa debandada rumo às terras paulistas é, logicamente, o poderio econômico do estado de São Paulo. Mas essa está longe de ser a principal razão. O grande motivo que está levando nossos jogadores para nosso estado vizinho é o desejo que eles têm de jogar em São Paulo.

E por que eles desejam isso? Fácil de responder. Enquanto a Federação Paulista de Futebol (FPF) promove campanhas educacionais, visando à juventude, os cartolas da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FERJ) estão preocupados em escolher para quem será entregue o Troféu Eurico Miranda. Enquanto víamos a FPF denunciar uma suposta tentativa do São Paulo Futebol Clube subornar Wagner Tardelli, árbitro que apitaria o último e decisivo jogo do Tricolor Paulista no Brasileirão, também víamos o Bangu, time que tem como torcedor o atual presidente da FERJ, ser claramente beneficiado pela arbitragem na Segundona do Estadual do Rio. Enquanto os times pequenos do estado de São Paulo se reforçam para disputar o Estadual de 2009 com nomes desconhecidos que podem surpreender ou jovens promessas (http://colunas.globoesporte.com/futebolcaipira/), os pequenos do Rio preferem investir em veteranos que sobrevivem de seus nomes, como Júnior Baiano, nova contratação do Volta Redonda, e Viola, novo jogador do Resende. O que não falta é resposta para a pergunta feita na primeira linha deste parágrafo.

Temo pelo Estadual de 2009 no Rio de Janeiro. Qualidade técnica? Baixa. Preço dos ingressos? Alto. Depois do Estadual de 2002, o famoso “Caixão”, o próximo Campeonato Carioca tem tudo para ser o pior dos últimos anos.

Para encerrar este texto apocalíptico, nada mais coerente do que dá-los uma péssima notícia. Rubens Lopes, discípulo de Caixa D’água e atual presidente da FERJ, teve seu mandato prorrogado até 2014. Acho que acabei de dar mais uma resposta à pergunta feita no quarto parágrafo.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Que ano para o Vasco! Ainda bem que acabou.

Começou mal, continuou mal e terminou mal. Assim foi o ano de 2008 para o Clube de Regatas Vasco da Gama. Um ano que, por pior que tenha sido, não deve ser esquecido, pois são com os erros que se aprende a chegar aos acertos.

Começou mal porque o Vasco não fez uma boa campanha no Campeonato Estadual. Foi o único time grande que não disputou uma final de turno, já que foi eliminado pelo Flamengo na semi da Taça Guanabara e pelo Fluminense na semi da Taça Rio. Se não fosse o fato dos times pequenos não poderem jogar em casa contra os grandes, o Vasco, provavelmente, nem teria se classificado às semi-finais dos dois turnos.

O ano prosseguiu mal porque, no dia 28 de maio, o Time da Colina decepcionou sua torcida ao ser eliminado, em São Januário, da Copa do Brasil pelo Sport. A classificação levaria o Vasco à final do torneio, mas Edmundo tratou de acabar com as chances de título ao isolar a bola em sua cobrança durante a disputa de pênaltis que decidiu o confronto.

Exatamente um mês depois da desclassificação na Copa do Brasil, Roberto Dinamite, o maior ídolo da história do Vasco, foi eleito presidente do clube, dando fim à Era Eurico Miranda. A essa altura do Campeonato Brasileiro, já haviam sido disputadas oito rodadas e o time possuía apenas 11 pontos. A esperança de que a campanha no Brasileirão melhorasse com a chegada de Dinamite era grande, porém não foi isso o que aconteceu. A equipe continuou muito mal e o péssimo desempenho resultou no que foi visto ontem, em São Januário: derrota e rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro.

É claro que o principal responsável pela situação atual do Vasco é Eurico Miranda. Mas isso não quer dizer que Dinamite não tenha culpa no fato do Time da Colina ter sido rebaixado. Um erro seu foi ter deixado Morais ir jogar pelo Corinthians. Por mais que o jogador estivesse insatisfeito no Vasco, ele era o melhor jogador do elenco, o mais promissor e foi o artilheiro da equipe no Campeonato Estadual. Além disso, por ter sido formado nas divisões de base do clube, Morais, certamente, seria um dos jogadores mais empenhados em evitar que seu time fosse rebaixado.

Mesmo com o rebaixamento tendo sido consumado a menos de 24 horas, a diretoria do Vasco já deve estar elaborando o planejamento para jogar a Série B do Brasileirão 2009. Se não estiver, já está atrasada.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Última rodada.

Os clubes cariocas chegam a última rodada do Brasileirão em situações diferentes. Dois desesperados, um apático e um tranquilo.

Do lado dos desesperados estão Vasco e Flamengo. Pode parecer estranho eu considerar como desesperado um time que está na quinta posição do campeonato. Mas não é, devido ao panorama traçado para o ano que vem, caso o Rubro-negro não se classifique para a Libertadores. Segundo o site do Globo Esporte, se a classificação não vier, as contas para o orçamento de 2009 terão que ser refeitas e a venda de jogadores deverá ser inevitável, sendo o lateral Juan, um dos melhores do atual elenco, um dos candidatos a deixar a Gávea devido a alta multa recisória de seu contrato, seis milhões de Euros. Quando lembro do estrago que as saídas de Marcinho, Renato Augusto e Souza provocaram, vejo que a situação do Fla é, realmente, desesperadora.

O outro carioca desesperado, o Vasco, ao contrário de seu maior rival, não deve pensar ainda sobre o próximo ano. Todas as suas atenções devem estar voltadas para o próximo domingo, quando enfrenta o Vitória, em São Januário. A situação do Time da Colina é desesperadora, pois, além de estar na zona de rebaixamento faltando apenas uma rodada para o término do campeonato, não depende só de si para permanecer na primeira divisão. Para escapar da queda, o Vasco deve ganhar do Vitória e torcer para que, no mínimo, dois de seus adversários diretos, Náutico, Atlético-PR e Figueirense, saiam derrotados de seus jogos. Só um milagre salva!

O apático dos quatro é o Botafogo. Melhor ainda, apáticos estão os jogadores do Botafogo, o que tem provocado uma reação nada calma na torcida alvinegra. Vide o último domingo, quando os jogadores foram muito hostilizados pelos pouco mais de três mil botafoguenses que compareceram ao Engenhão e assistiram a quinta derrota de seu time nos últimos seis jogos. Apesar do péssimo fim de ano, a vaga na Sul-americana não está ameaçada.

Após passar 37 rodadas lutando para se livrar do fantasma do rebaixamento, o Fluminense chega à última rodada com um objetivo diferente: garantir sua vaga na zona da Sul-americana. Para isto, basta vencer o já rebaixado Ipatinga, no Maracanã. Além disso, a torcida pó-de-arroz ainda pode ver Washington, que tem apenas um gol a menos que o atual artilheiro Kleber Pereira, se tornar o maior goleador do campeonato. Quer mais tranquilidade do que isso?

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Só podia ser do jeito que foi.

1 a 0. Este era o único resultado possível caso o jogo Botafogo x Flamengo terminasse com um vencedor. O placar mais justo, sem dúvida alguma, era um empate em 0 a 0, mas como futebol e justiça não são lá grandes companheiros, saiu vencedor o time que pelo menos tentou um pouco mais buscar o ataque no segundo tempo: o Fla.

Os primeiros 45 minutos do jogo, certamente, já foram apagados da memória daqueles que assistiram o jogo, principalmente daqueles que são amantes do bom futebol. A disposição dos jogadores do Flamengo em campo só me fazia chegar a uma conclusão: eles já desistiram do campeonato. Acho que nunca tinha visto um time que ainda tem chance de ser campeão jogar tão sem vontade como jogou o time de Caio Junior no primeiro tempo. O Botafogo então nem se fala. Parecia que seus jogadores estavam disputando uma pelada de fim de semana. Apesar dos salários em General Severiano estarem muito atrasados e o Fogão não ter mais grandes pretensões no campeonato, quando os jogadores entram em campo com a camisa do Glorioso devem honrá-la, dando, cada um dos onze, o máximo de si.

O segundo tempo foi melhor do que o anterior, embora isso não queira dizer que o jogo tenha ficado bom. Mas a culpa pela mediocridade do futebol não é só dos jogadores. Os técnicos também sua parcela de responsabilidade. Dá pra entender o que passa na cabeça do Caio Junior? Se alguém entende, por favor comente e me explique. Ontem, no programa Bem Amigos, Muricy Ramalho, o melhor técnico do Brasil, disse que um time deve treinar jogadas, durante a semana, que explorem fragilidades do próximo adversário. Partindo deste princípio, como entender a razão do Caio Junior ter escalado os baixinhos Maxi e Marcelinho Paraíba como titulares se os zagueiros do Botafogo eram os grandalhões André Luis e Renato Silva? Pior ainda foi a jogada que ele mandou seus jogadores executarem. Quando os alas do Fla ameaçavam chegar à linha de fundo, os zagueiros Fabio Luciano e Ronaldo Angelim subiam correndo para a área. Com a idade que o capitão do Mengo tem, tava na cara que ele não ia aguentar fazer isso o jogo todo. E não deu outra. No final da primeira etapa, os cruzamentos já estavam sendo feitos apenas para os baixinhos do ataque flamenguista.

Ney Franco também errou. E começou errando na escalação. O time está acostumado a jogar com um centroavante fixo, o Wellington Paulista. Como este não pôde jogar, Ney preferiu mudar o esquema do time e entrar com um ataque formado por Jorge Henrique e Carlos Alberto. Com isso, Carlos Alberto teve que jogar mais adiantado que o normal e acabou perdendo a possibilidade de explorar uma das suas melhores características: vir de frente para o adversário e tentar o drible. Ficando mais na frente, ele era obrigado a jogar de costas para os zagueiros. Quando o atacante Fabio entrou aos 28 do primeiro tempo, no lugar do machucado lateral-direito Thiaguinho, o time preto e branco voltou a jogar no esquema de costume e melhorou na partida. A ligeira melhora do time causada pela alteração foi mérito de Ney Franco, mas isso não apaga seu erro na escalação inicial. Outro erro do técnico do Glorioso foi falar, após o término do jogo, que o juiz da partida foi caseiro. Eu concordo com os que defendem que o clássico deveria ter sido disputado no Engenhão, mas considerar que só o Flamengo jogou em casa é exagero. Até o ano passado, o Botafogo mandava seus jogos no Maracanã, salvo as vezes que jogava no Caio Martins. E olha que o Maracanã já tem quase 60 anos. Para mim, é incompreensível que o Botafogo não se sinta em casa no Maior do Mundo.

Com a vitória, o sonho do Hexa permanece vivo na Gávea, apesar do título já estar bem encaminhado para terras paulistas. Mas se o troféu não vier, uma vaga na Libertadores 2009 servirá como consolação. Para isto, é fundamental que o Fla vença seus dois próximos adversários, Palmeiras e Cruzeiro, já que estes também estão na briga por uma vaguinha no maior torneio do continente. Já o Botafogo deu Adeus ao sonho de entrar no G4 e, como a vaga na Sul-Americana já está praticamente assegurada, a maior preocupação dos jogadores a partir de agora será o atraso dos salários.

domingo, 28 de setembro de 2008

Hoje, quem escreve é o torcedor.

Já tinham se passado 28 minutos do segundo tempo, quando Vandinho entrou em campo. A essa altura do jogo, o Flamengo já perdia por 1 a 0 para o Sport, em pleno Maracanã, diante de um público de mais de 40 mil pessoas, sendo que dentre elas estavam eu e meu pai.

Assistindo o jogo em pé, debaixo de uma tempestade incessante e vendo meu time praticamente dar adeus às chances de título, ter um guarda-chuva a minha disposição era meu único alento.

Os minutos iam se passando e meu pai ficava cada vez mais insatisfeito. "É brincadeira! Esse povo todo paga o ingresso caro e os caras retribuem desse jeito!". Já eu pensava "pior somos nós dois que temos o jogo passando lá em casa no Premiere e tamos aqui tomando chuva na cabeça. O que que a gente veio fazer aqui?"

E num é que o Vandinho escutou minha pergunta! Aos 36 minutos, ele tratou de começar a me responder, dando um passe perfeito para o gol de Juan, que empatou o jogo. Minha comemoração não foi uma das mais empolgantes do estádio, até porque não estava muito afim de sair debaixo do guarda-chuva e o empate ainda era um mal resultado.

40, 41, 42, 43 do segundo tempo e nada da virada rubro-negra. Mas Vandinho é um aluno aplicado e não deixaria um torcedor ir para casa com apenas metade de sua pergunta respondida. Aos 44, ele finalmente me convenceu que valeu a pena trocar o conforto de meu sofá pelo chão imundo e ensopado das cadeiras do Maracanã. Com uma cabeceada que não deu chances de defesa ao goleiro adversário, o herói da noite deu a vitória ao Mengão.

Minha comemoração? Ah, nesse momento, sim, eu comemorei de verdade. Os segundos que antecederam o gol de Vandinho foram meus últimos momentos de contato com meu guarda-chuva. Para mim, após o gol, não estava chuvendo mais. Eu só queria saber de correr em direção ao Sol que brilhava para todos os flamenguistas, naquele momento.

Após o término da partida, meu pai me disse que os últimos cinco minutos de jogo, justamente os cinco minutos que fiquei comemorando o gol de Vandinho, foram o momento em que mais choveu. Eu não pude acreditar, pois depois do gol da virada, as únicas gotas d'água que me lembro de ver caindo eram aquelas que saíam de dentro dos meus olhos.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O Fla-Flu dos goleiros.

Foi um jogaço! Flamengo e Fluminense protagonizaram uma das melhores partidas deste Brasileirão, em uma noite em que quem vestiu a camisa 1 ou a camisa 200 de seu time fez a diferença.

A atuação dos goleiros foi determinante para o resultado final do clássico. Do lado rubro-negro, o camisa 1, Bruno, não estava em uma noite inspirada. No primeiro gol do Fluminense, ele errou o tempo de bola e fez o argentino Conca sair comemorando o gol que abriu o placar da partida. Com o jogo já empatado em 1 a 1, Bruno falhou novamente, ao ficar parado olhando a bola entrar em sua meta, após um chute de muito longe de Maurício, que botou o Flu em vantagem de novo. Mas ao sair de campo vaiado, Bruno disse que não falhou nos dois gols do adversário.

- Na bola do Conca, eu estava encoberto e não vi quando ele chutou. E no gol do Maurício, pode colocar qualquer goleiro que não iria pegar aquela bola.

Já do lado tricolor, o goleiro foi o melhor do time em campo. Vestindo a camisa 200, em homenagem a seu jogo de número 200 pelo Fluminense, Fernando Henrique realizou defesas que o fizeram honrar a histórica posição de arqueiro do Tricolor das Laranjeiras. No primeiro gol do Fla, anotado por Marcelinho Paraíba, FH fez duas defesas espetaculares, antes da bola entrar. No segundo gol, feito por Kléberson e que definiu o clássico em 2 a 2, o camisa 200 não teve chance de defesa, pois a bola foi em seu contra-pé. Após o término do jogo, Fernando Henrique reconheceu sua boa atuação.

- Fiz uma boa partida e acho que ajudei o time durante os 90 minutos.

Com o empate, o time de FH e cia continua na décima quinta colocação e se prepara para enfrentar o líder Grêmio, em casa, sábado que vem, pela vigésima quarta rodada. Já a equipe de Bruno está melhor posicionada no campeonato. O Flamengo se manteve na sétima posição, a apenas dois pontos do G4, e terá como próximo desafio o Figueirense, fora de casa.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Flu perde mais uma e Renato está fora.

Na noite de ontem, o Ipatingão foi o palco do confronto entre os dois lanternas do Brasileirão. De um lado, o Fluminense que buscava vencer para ficar a apenas um ponto de sair da zona do rebaixamento. Do outro, o Ipatinga que precisava urgentemente da vitória para que não ficasse quatro pontos atrás do penúltimo colocado. A superioridade do Flu indicava que sua quinta vitória no campeonato estava perto, mas, aos cinco do segundo tempo, veio o lance que mudou o rumo da partida.

Desde o início do jogo, já era perceptível que o Fluminense era o melhor time em campo. O problema era que a equipe carioca parecia estar sem muita vontade de atacar. Esta prostração do Flu aliada à baixa qualidade técnica do Ipatinga fizeram com que quase toda a primeira etapa fosse de dar sono. Bastava apenas ao Tricolor apertar o ritmo que o gol viria. E foi o que aconteceu. Nos últimos dez minutos, o Flusão foi pra cima do time mineiro e criou três chances claríssimas de gol. Em uma delas, Tartá contou com o desvio da bola na zaga do Ipatinga para abrir o placar.

O segundo tempo mal começou e o Flu quase ampliou. Tartá recebeu belo lançamento de Romeu e só não marcou seu segundo gol graças ao goleiro Fred. O bom início mostrava que o time de Renato Gaúcho não pensava em dar chance de reação à equipe mineira. Mas, aos cinco, o volante Fabinho tratou de acabar com esse objetivo. Ele deu uma entrada duríssima em Adeílson, deixando o Fluminense com um homem a menos em campo. Só mesmo a superioridade numérica faria o Ipatinga melhorar na partida. Tendo que jogar por 40 minutos com dez homens, o Flusão não resistiu à pressão mineira e sofreu a virada com gols de Adeílson e Kempes.

Com este resultado, Fluminense e Ipatinga passam a ter a mesma campanha: 4 vitórias, 4 empates e 11 derrotas. A lanterna, porém, fica nas mãos do clube mineiro, já que este possui menor saldo de gols. Algumas horas depois da partida, a diretoria Tricolor se reuniu e decidiu demitir Renato Gaúcho, técnico que levou o time até a final da Libertadores deste ano. Para seu lugar, Cuca deve ser contratado ainda hoje.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Parabéns, "torcedores" do Flamengo!

Na manhã da última terça-feira, a Gávea foi palco de um ato criminoso. Cerca de 30 vândalos, que se entitulam torcedores do Flamengo, invadiram o local de treinamento da equipe rubro-negra e começaram a protestar, devido à má fase do Fla, de uma maneira nada educada, com ofensas e ameaças aos jogadores. Mais grave ainda foi o fato de uma bomba ter sido jogada dentro de campo, onde os jogadores realizavam um treino coletivo.

Estas pessoas merecem os parabéns e toda a admiração da nação rubro-negra. Isto porque eles conseguiram fazer com que o atacante uruguaio Richard Morales, que já havia acertado sua vinda para o Fla, desistisse de jogar pelo time do Rio, devido ao pedido de sua família que ficou muito assustada com as imagens da invasão do treino. Se a negociação tivesse sido concretizada, Caio Jr contaria com um ótimo centro-avante, justamente uma das posições mais carentes de seu elenco. Mas graças a brilhante idéia de alguns sujeitos que não representam a postura da maior torcida do Brasil, a equipe da Gávea continuará sem seu homem-gol, ainda mais depois da contusão do atacante Vandinho na derrota de ontem para o Goiás.

Há sete jogos sem vencer, o que o Mengão mais precisa nesse momento é de apoio, de sua verdadeira torcida ao seu lado. Mas se algum flamenguista estiver satisfeito com a atual fase de seu time e considerar que um elenco que não possui um meia-armador e um centro-avante artilheiro não precisa de reforços, continue a tacar bombas na Gávea.

domingo, 3 de agosto de 2008

Fim da paciência com a brincadeira de Renato.

Exatamente um mês depois de perder o título da Libertadores para a LDU, o Fluminense entrou em campo, diante de um Maracanã vazio, para encarar o Internacional. Após duas derrotas seguidas, a vitória do Tricolor era fundamental para levantar a moral dos jogadores e fazer a torcida voltar a apoiar o time. Mas o esperado pela maioria não veio e o que se escutou depois da partida foi o tradicional coro de "Burro!" direcionado a Renato Gaúcho. Para aqueles que não sabem o resultado final do jogo, agora ficou fácil, pelo menos, de saber quem foi o vencedor.

O Fluminense começou melhor no primeiro tempo. O argentino Conca, que tem parecido estar mais solto sem a presença de Thiago Neves, conduzia muito bem sua equipe ao ataque, mas Dodô não estava em uma noite boa e um gol dificilmente sairia. Já o Inter jogava na base do contra-ataque e foi desta maneira que marcou seus dois gols, ambos com Nilmar. Vendo seu time perder por 2 a 0, já na primeira etapa, Renato Gaúcho colocou, aos 30, o atacante Somália em campo para fazer companhia a Dodô. A alteração só foi surtir efeito no segundo tempo.

Acomodado pela vantagem de dois gols no placar, o Internacional entrou em campo, para a segunda etapa, muito recuado, apenas com Nilmar isolado na frente. A nova cara do time dada por Somália aliada a preguiça de seu adversário fizeram o Tricolor dominar amplamente os primeiros 30 minutos do segundo tempo, chegando a marcar um gol com o esforçado Somália, aos 25. Até este momento, o Flu subia ao ataque de maneira organizada, sem dar chances de contra-ataque ao time do Sul. Mas nos últimos 15 minutos de jogo, o que se viu foi um Fluminense partindo para cima na base do desespero, devido ao pouco tempo restante. Com isso, a equipe de Tite passou a aproveitar os espaços deixados pelo seu adversário e a chance de sair o gol de empate do Flusão era a mesma do Inter marcar pela terceira vez. Apesar do movimentado final de jogo, o placar não foi alterado: Fluminense 1 x 2 Internacional.

A torcida colorada saiu do Maracanã comemorando a primeira vitória fora de casa de seu time neste Brasileirão. Melhor do que isso é saber que os reforços Daniel Carvalho, Gustavo Nery e D'Alessandro ainda nem estrearam e a equipe já demonstra força para brigar pelo título. Já o Fluminense vive uma situação bem diferente. A lua-de-mel entre o time e a torcida terminou, fato que ficou muito claro quando muitos torcedores tricolores comemoraram a expulsão de Maurício, que jogou improvisado na lateral direita, hostilizaram Renato Gaúcho e vaiaram o time como um todo. Sem seus dois Thiagos, que estão em Pequim, e sofrendo com problemas de contusão e suspensão, o Tricolor precisa, urgentemente, da estréia de seus reforços: Éverton Santos e Eduardo Ratinho. Pensando bem, não é tão urgente assim.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Nem goleada consegue espantar a crise.

O clima em São Januário, antes da partida de ontem entre Vasco e Atlético-Mg, era de pura tensão. A invasão da concentração vascaína por alguns torcedores, o abandono de Moraes e a constante hostilização aos jogadores, vinda da arquibancada, sinalizavam uma noite de pesadelo para a equipe carioca. Mas o que se viu em campo foi um passeio de Edmundo e companhia que aplicaram no Galo a segunda maior goleada do Brasileirão: 6 a 1.

O jogo foi muito fácil para o Vasco. A equipe do Atlético não ofereceu resistência em momento algum dos 90 minutos e seu únicol gol foi devido a sorte do atacante Jael. O Time da Colina contou com uma noite inspirada de Wagner Diniz, que marcou duas vezes e ainda deu passe preciso para o gol de Leandro Amaral. Edmundo, Madson e Eduardo Luiz fecharam a goleada. Após a partida, Alexandre Gallo foi demitido do cargo de treinador do Atlético.

Uma goleada dessas costuma espantar a crise de qualquer time. Mas Edmundo fez questão de não deixar a paz voltar a aparecer em São Januário. Após a partida, o Animal declarou que Jean e Leandro Bonfim não jogaram por medo da torcida. Os dois acusados se defenderam dizendo que estavam machucados e por isso não foram a campo, sendo que Leandro Bonfim chegou a ironizar Edmundo falando que não sabia que seu companheiro de clube era médico. Para piorar a situação, a diretoria do Vasco anunciou que está disposta a negociar o meia Moraes e há boatos de que o zagueiro Luisão não quer jogar mais pelo Time da Colina.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Só faltou o gol.

Flamengo e Botafogo se enfrentaram, no último domingo, em jogo válido pela décima quinta rodada do Campeonato Brasileiro. Para o Mengão, a vitória significava a retomada da liderança, que havia perdido para o Grêmio. Já para o clube preto e branco, ganhar o faria subir apenas uma posição na tabela. Mas nenhum dos dois times saiu de campo com os três pontos, pois o resultado final foi 0 a 0, mas que poderia muito bem ter sido um 2 a 2 ou 3 a 3.

Se toda a partida tivesse sido como o primeiro tempo, o resultado mais justo teria sido o 0 a 0. Os dois times pareciam estar sem vontade e os lances de emoção foram raros. Apesar do futebol pobre, pode-se dizer que o Flamengo foi melhor na primeira etapa, tendo criado a melhor chance dos primeiros 45 minutos. Obina recebeu a bola já quase dentro da área botafoguense, driblou o goleiro Castillo e chutou para o gol, mas o zagueiro Renato Silva apareceu para cortar quando a torcida rubro-negra já ameaçava gritar gol.

O futebol jogado na segunda etapa fez as duas torcidas saírem do estádio com a sensação que poderiam estar indo embora comentando um 2 a 2, por exemplo. O Botafogo tomou conta do segundo tempo, com destaque para Carlos Alberto que comandou a blitz alvinegra. O time de Ney Franco acertou a trave por duas vezes, com Wellington Paulista e Túlio, obrigou o goleiro Diego, que substituiu o titular Bruno, a trabalhar muito e ainda viu Fabio Luciano, zagueiro do Fla, salvar um gol em cima da linha. Como o Fogão comandava a partida, o Flamengo viu-se obrigado a jogar no contra-ataque. E dessa maneira, quase marcou em duas oportunidades, ambas com o atacante Éder. Para azar dos espectadores, os ataques dos dois times estavam em uma daquelas noites em que o jogo poderia ter 180 minutos que a bola não entraria no gol adversário.

O resultado final do clássico chamou a atenção para um problema das duas equipes, principalmente do Flamengo: a ineficiência dos atacantes. Este problema não é tão grave no Fogão, já que Wellington Paulista voltou a marcar após um longo jejum, mas a diretoria alvinegra já se mexeu e contratou os atacantes Gil e Zárate. Já no Mengão, a situação é mais complicada, pois o último gol de um atacante foi dia 09 de julho e o clube acabou de vender os homens de frente Souza e Marcinho. Para tentar solucionar o problema do ataque do Fla, Kléber Leite acertou a contratação de Vandinho, o terceiro maior artilheiro da temporada no Brasil, vindo do Avaí. Agora, resta aguardar as próximas rodadas para ver se ambas as diretorias acertaram nas compras.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Faça alguma coisa, Kléber!

A torcida do Flamengo não aguenta mais assistir os jogos do seu time torcendo para que um milagre faça a bola entrar na rede adversária pelos pés de um homem de ataque. A equipe precisa urgentemente de um atacante nato, de um jogador que seja procurado pela bola dentro da área, de um cara que honre o número nove em suas costas.

O último jogo do Mengão espelhou muito bem a situação atual do time. Foram dois gols feitos fora de casa e o empate contra a Portuguesa pode até ser considerado um resultado normal. Mas o que chamou a atenção foi a ineficiência do ataque. Os gols foram anotados por um zagueiro e um volante, ou seja, a equipe consegue colocar a bola dentro do gol, mas é muito dependente de jogadores que não têm como objetivo ver seus nomes na lista de artilheiros.

Ainda sobre o último jogo, enquanto os jogadores de marcação se esforçavam para cumprir as funções próprias e a dos atacantes, estes davam um show de incompetência na frente. No primeiro tempo, Souza, que tem apenas três gols no campeonato, desperdiçou uma chance que um jogador que já foi artilheiro do Brasileirão não pode deixar escapar. E o que falar de Diego Tardelli? Estava fazendo uma partida razoável, mas foi expulso da maneira mais infantil possível, quando colocou a mão na bola. Obina, Éder e Maxi também estiveram em campo e dispensam maiores comentários: fracos.

Mais impressionante do que uma equipe como esta ocupar a segunda colocação do Brasileirão, é saber que ela possui o melhor ataque da competição. Quanta ironia! Isto pode ser explicado pelo fato do meia-atacante Marcinho, que deixou o clube recentemente, ter feito sete gols nas onze rodadas que jogou. Esta marca do ex-flamenguista deixa a nação rubro-negra ainda mais triste. Primeiro porque viu ir embora o, até então, artilheiro do Brasileirão. Segundo porque agora tem que aturar cinco atacantes que tendo seus gols somados não chegam aos sete de Marcinho.

Agora, resta aos torcedores do Flamengo rezar para que o homem forte da Gávea, o vice-presidente de futebol Kléber Leite, mexa seus pauzinhos e traga algum atacante que saiba fazer gol. É bom que Kléber seja cobrado, pois a recente venda de Renato Augusto para o futebol alemão trouxe cerca R$ 15 milhões aos cofres do Fla. Se este dinheiro não for usado para alguma contratação, os flamenguistas, certamente, ficarão com uma pulga atrás da orelha com o dirigente rubro-negro, já que ele não tem um passado muito limpo.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Verdão atropela Tricolor do Rio.

O Fluminense conheceu, na noite de ontem, sua sétima derrota no Brasileirão. Tudo bem que o jogo foi fora de casa e contra o Palmeiras, um dos melhores times da competição, mas na situação em que se encontra o Flusão, décimo oitavo colocado, qualquer pontinho é bem-vindo.

A vitória do time paulista foi comandada pelo lateral esquerdo Leandro e o atacante Kléber. Leandro estava voando em campo ontem. Ele deitou e rolou em cima do lateral direito tricolor Rafael, que nem deu muitos espaços a seu adversário, pois ficou mais preocupado com a marcação, mas, mesmo assim, o lateral do Verdão conseguiu ótimas jogadas. Em uma destas, ele cruzou para Maicossuel que só teve o trabalho de colocar a bola para o fundo da rede, fazendo o terceiro gol da vitória de seu time por 3 a 1.

Os outros dois gols da equipe paulista foram de Kléber. O jovem atacante costuma jogar como segundo homem de ataque, ou seja, passa a maior parte do jogo fora da área preparando as bolas para o centroavante Alex Mineiro. Mas este não jogou ontem porque estava suspenso, então o técnico palmeirense Vanderlei Luxemburgo deslocou Kléber para a função de centroavante, mais fixo dentro da área. E foi justamente dentro da área que o baixinho Kléber marcou, de cabeça, seus dois gols da noite. E ainda tem gente que acha que treinador não ganha jogo.

Com relação ao Fluminense, foi uma noite daquelas para se esquecer. No primeiro tempo, a equipe foi inferior ao Palmeiras, mas numa proporção aceitável para um jogo como visitante e o término dos primeiros 45 minutos em 1 a 1 podia ser considerado um bom resultado. Já o segundo tempo foi um desastre para o Flu. O time da casa dominou durante todo o tempo. A partida mais parecia um treino de ataque contra defesa do que um jogo oficial. Renato Gaúcho até que tentou mudar o panorama da partida, colocando Tartá no lugar de Fabinho, alteração que ele fez antes do Fluminense virar o jogo contra o Vitória na última rodada, mas nem assim sua equipe conseguiu criar alguma jogada de perigo à meta adversária.

Se tivesse ganhado o jogo, o Fluminense teria saído da zona de rebaixamento pela primeira vez no campeonato. Os resultados de hoje poderiam até colocá-lo de volta no grupo dos quatro piores, mas já seria um alívio para a torcida tricolor. Previsões à parte, o certo é que o Tricolor Carioca não pode pensar em outro resultado que não seja a vitória no sábado que vem, quando enfrenta o Figueirense, no Maracanã.

Devido à sua sexta vitória no Brasileirão, o Palmeiras alcançou a quarta colocação. Uma boa posição para uma equipe que tem como objetivo máximo classificar-se para a Libertadores 2009, mas não para um time que recebeu grande investimento no início do ano e foi montado para ser campeão nacional, como o Palmeiras. Vencer o Goiás fora de casa, na próxima rodada, pode ser uma prova para a torcida e investidores de que este ano o Alviverde será imponente, como diz seu hino.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Rivalidade sem inimizade.

Na tarde de ontem, Flamengo e Vasco se enfrentaram no Maracanã que recebeu um público de quase 68 mil pessoas, o recorde do Brasileirão 2008. Antes da partida, os vascaínos estavam felizes e super confiantes, devido ao 4 a 0 sobre o Sport, na última rodada. Já os rubro-negros aparentavam estar receosos de que o escândalo de alguns jogadores com prostitutas pudesse abalar psicologicamente a equipe. Após os 90 minutos, a alegria mudou de lado.

A primeira etapa foi um massacre rubro-negro. Enquanto o Vasco tentava atacar na base da vontade e da individualidade de Leandro Amaral, o Flamengo subia sempre de forma organizada, apresentando um ótimo toque de bola e sempre com Juan, o melhor em campo no primeiro tempo, explorando os espaços da Avenida Wagner Diniz. Foi justamente em uma das subidas ao ataque de Juan que nasceu o primeiro gol do Fla. Aos nove, o lateral esquerdo da Gávea foi derrubado na área por Wagner Diniz. Ibson cobrou o pênalti e botou seu time em vantagem no marcador. A diferença no placar aumentou aos 37: Fabio Luciano aproveitou a lambança entre o goleiro vascaíno Tiago e o zagueiro Eduardo Luiz para fazer seu primeiro gol no campeonato. A torcida flamenguista só foi tirar o sorriso do rosto aos 40, quando Leonardo Moura saiu de campo com dores na coxa direita.

Com apenas um minuto de bola rolando no segundo tempo, Leandro Amaral ficou cara à cara com Bruno, mas chutou fraco e o goleiro do Fla tirou com as pernas. Este lance animou e deu esperança à torcida vascaína de uma possível reação. Mas o Flamengo tratou logo de dar o tiro de misericórdia. Aos 18, Cristian recebeu a bola de Juan, escutou o grito de "Chuta!" de Caio Jr e soltou um míssil que foi parar no ângulo direito do goleiro Tiago, um golaço! Depois deste gol, grande partida da torcida do Vasco começou a se retirar do Maior do Mundo. Aqueles que ficaram ainda puderam ver o gol de honra de seu time. Aos 39, Edmundo deixou Alex Teixeira na cara do gol e o jovem atacante não desperdiçou a chance. Mas o pouco tempo de jogo que faltava e a noite infeliz do ataque cruzmaltino impediram qualquer suspiro de uma reação vascaína. Fim de jogo: Flamengo 3 x 1 Vasco.

A confusão no meio da torcida do Vasco foi um episódio isolado, pois o que se viu ontem foi um exemplo de rivalidade sadia. A imagem mais representativa disto estava na Tribuna de Honra, onde os presidentes de Flamengo e Vasco assistiram juntos a partida. Um exemplo que deve ser seguido por todos os apaixonados pelos dois times, como já foi visto ontem, quando a torcida do Fla cantava "Adeus, Vasco!", evitando cânticos de ofensa ao arqui-rival.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Dois tempos, dois jogos.

O Mineirão foi o palco do confronto de ontem entre Atlético Mineiro e Flamengo. Apesar do resultado final ter sido um empate de 1 a 1, a partida foi muito movimentada e chances claras de gol não faltaram. O Mengão termina a décima rodada do Brasileirão na liderança com 23 pontos, enquanto que o Galo, com 12 pontos, se encontra na zona da Sul-americana.

O jogo começou com o Atlético tentando impor seu ritmo de jogo, mas a maior qualidade da equipe do Fla era evidente. Quando o time carioca tinha a posse de bola, buscava cadenciar o jogo e, com o toque de bola, acabava criando boas oportunidades. O maior exemplo disto foi o gol de Marcinho, que, aos 16, recebeu excelente bola de Obina e mandou para as redes após driblar o lateral Amaral. O Galo também teve chances claras, Danilinho e Renan desperdiçaram duas oportunidades ótimas de gol, mas a equipe de Caio Jr mereceu ir para o intervalo com a vantagem no placar.

O segundo tempo foi bem diferente do primeiro. Além do time mineiro ter voltado com mais vontade de vencer, o Flamengo perdeu Kleberson e Toró, ambos machucados, e acabou tendo seu poder de marcação diminuído. De tanto pressionar, o Atlético acabou chegando ao empate, aos 32: Petkovic cruzou rasteiro para o meio da área e Marcos, livre de marcação, só empurrou para o fundo do gol. A virada só não veio por causa da baixa eficiência do ataque atleticano em furar a zaga flamenguista e devido à trave que, aos 42, evitou o gol de Serginho. O resultado mais justo seria a vitória do time da casa.

Apesar de Atlético Mineiro x Flamengo ser um dos grandes clássicos do futebol brasileiro, sua grandeza não se equipara ao dos dois clássicos de domingo que vem. O Mineirão será palco de Cruzeiro x Atlético Mineiro, enquanto que o Maracanã receberá as torcidas de Flamengo e Vasco. Promessa de casa cheia nos dois estádios e de dois jogaços. Que venha a décima primeira rodada!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

A festa merecia um final feliz.

Começou bonito. Um show de fogos foi visto quando o Fluminense entrou em campo. Continuou bem. Apesar de tomar um gol aos quatro minutos, o Tricolor virou a partida e dominou quase 100% do tempo. Mas terminou mal. Na disputa por pênaltis, o goleiro equatoriano Cevallos brilhou e evitou que a taça da Libertadores fosse para as Laranjeiras.

O Fluminense começou o jogo com a postura errada. Tinha que entrar para ganhar, já que precisava vencer por três gols de diferença, mas não precisava se lançar desordenadamente ao ataque, como fez. A consequência disto foi o contra-ataque que levou aos quatro minutos, quando três jogadores da LDU partiram pra cima de dois do Flu. Guerron driblou Igor, rolou para a entrada da área e Bolaños apareceu para fazer 0 a 1. A resposta do Tricolor veio cinco minutos depois. Cícero tocou de cabeça para Washington que conseguiu errar a balisa mesmo estando dentro da pequena área. Aos 10, quase acontece o segundo gol da LDU: Bolaños puxou novo contra-ataque, mas, ao invés de chutar, preferiu tocar para Manso que perdeu o gol. Depois deste susto, os tricolores se acertaram em campo e não deram mais chance para o time do Equador. Aos 11, Thiago Neves fez explodir os mais de 80 mil presentes no Maraca. Ele driblou Manso e, de fora da área, mandou a bola no canto esquerdo de Cevallos, fazendo seu primeiro gol da noite. Depois do empate, os comandados de Renato Gaúcho tiraram um pouco o pé do acelerador, só voltando a ameaçar Cevallos 16 minutos depois. Mas o Flusão não ficou só na ameaça e botou a bola dentro das redes, novamente com Thiago Neves após receber assistência de Cícero. Aos 29, Fernando Henrique assustou a massa tricolor. Ele saiu jogando errado e só não tomou um gol porque Igor apareceu para rifar a bola. Um minuto depois, aconteceu o lance mais polêmico do primeiro tempo: Washington foi derrubado dentro da área, pênalti claro que Hector Baldassi não marcou. Os últimos quinze minutos do primeiro tempo foram de domínio do Flu, mas não houve nenhuma chance clara de gol. Clara era a reclamação de Renato Gaúcho com o bandeira, com o árbitro e até com o quarto árbitro, devido ao pênalti não assinalado.

Renato Gaúcho sabia que ainda precisava de dois gols para ser campeão. Por isso, começou o segundo tempo com Dodô no lugar de Igor, fazendo com que Cícero passase a atuar como volante. Em Quito, o Flu não respirava por causa da altitude. Já no Rio, a LDU não respirava devido à atitude. Atitude do Fluminense de mostrar quem é que manda no Maracanã. A segunda etapa começou com um verdadeiro massacre do time das Laranjeiras. Logo aos três minutos, Dodô driblou Araujo e chutou para fora, quando a melhor opção era ter tocado para Washington que estava bem colocado no meio da área. Aos seis, Dodô apareceu de novo. Ele recebeu uma linda enfiada de bola de Thiago Neves, mas acertou a trave de Cevallos. A blitz tricolor não parava e a torcida encurralava a LDU junto com os jogadores. Aos 10, Thiago Neves sofreu uma falta perto da área e aos 11, ele cobrou com maestria no canto esquerdo, era o gol que levava a partida para a prorrogação. Ainda havia tempo de fazer o quarto gol e evitar mais trinta minutos de sofrimento, mas os jogadores do time carioca pareciam já demonstrar mais desgaste físico do que os adversários. Tanto que a LDU passou a atacar. Primeiro com Urrutia que, aos 20, chutou no cantinho do gol, mas Fernando Henrique botou para escanteio. E depois com Bieler, aos 23, que acertou a trave. Aos 32, o Flu mostrou que ainda tinha forças para atacar. Conca disparou uma bomba de longe e Cevallos realizou uma defesa estranha, com a mão direita. Quatro minutos depois, Conca lançou para a área e Cícero cabeceou por cima do travessão. Aos 46, veio aquela que foi a última chance de evitar a prorrogação. Junior Cesar cruzou e Thiago Neves cabeceou para o chão, como manda o figurino, mas Ambrosi cortou com o pé esquerdo. Não teve jeito, vieram mais trinta minutos de futebol.

A LDU começou dominando o primeiro tempo da prorrogação, mas o Fluminense rapidamente equilibrou o confronto. Foram quinze minutos de cautela por parte das duas equipes. A única vez em que a bola passou perto das traves foi aos 9, com Dodô que chutou de bate-pronto.

A segunda etapa foi um pouco melhor. Aos 11, Bieler fez um gol legal para a LDU, mas o bandeira anulou assinalando impedimento. Um minuto depois, o inspirado da noite, Thiago Neves, recebeu de Washington e chutou cruzado para uma excelente defesa de Cevallos. Luiz Alberto ainda foi expulso, aos 14, devido a uma falta em Guerron que entrava livre na área tricolor. Fim de prorrogação, a decisão iria para os pênaltis.

Pênalti é sorte ou competência? O certo é que Cevallos contou com os dois e pegou três pênaltis, cobrados por Conca, Thiago Neves e Washington. Pela Ldu, Urrutia, Salas e Guerron converteram. Muitos tricolores saíram do estádio aos prantos. Alguns ainda tiveram força para aplaudir a boa campanha da equipe, mas o sentimento de tristeza, e não de decepção, era perceptível.

Agora, Renato Gaúcho terá que demonstrar muita força e competência para recuperar a moral de seus jogadores. O time está em último no Brasileirão, certamente levará uma ou duas rodadas para se recuperar da derrota de ontem e a saída de alguns jogadores importantes pode ter sido precipitada com a perda do título. Que João de Deus esteja olhando para o Fluminense.


segunda-feira, 30 de junho de 2008

O fim de uma era.

Com 23 anos de idade, ele ingressou no Vasco da Gama como diretor de cadastro. Desde então, esteve sempre presente na vida política do clube de São Januário. Após 41 anos dedicados ao seu time de coração, Eurico Miranda finalmente sairá de cena.

Sua longa história no Vasco contém episódios no mínimo estranhos como um acontecido em 1969. Em uma reunião na sede náutica do clube, que decidia pela cassação do então presidente Reinaldo de Matos Reis, apoiado por Eurico, uma falha na energia adiou a votação. No dia seguinte, os jornais publicaram uma foto mostrando Eurico com o dedo no interruptor, causando a paralisação da assembléia.

Em 1990, Eurico anulou uma partida do Vasco pela Libertadores alegando pressões sobre o árbitro. Sete anos depois, ele conseguiu fazer com que Edmundo jogasse o segundo jogo da final do Brasileirão, mesmo com o Animal tendo sido expulso no primeiro confronto. Além disso, Eurico já chegou a invadir o campo em um jogo do Campeonato Brasileiro. Tudo, segundo alguns advogados do meio esportivo, dentro da lei.

A última polêmica envolvendo Eurico foi em 2006. Ele foi acusado de cometer várias irregularidades nas eleições para a presidência do clube. Assim, se viu obrigado a marcar um novo pleito para conselho deliberativo, realizado no dia 21 de junho de 2008. Na última sexta-feira, os conselheiros confirmaram Roberto Dinamite como novo presidente do Vasco.

Como presidente do clube da Colina, cargo que ocupava desde 2001, Eurico ganhou apenas um título: Campeonato Carioca de 2003. Mas como dirigente foi fundamental na formação de alguns timaços do Vasco, como aquele que ganhou o título brasileiro de 1997.

Finalmente, o futebol carioca parece ter se livrado de um sujeito que tinha no currículo declarações do tipo "Futebol é coisa para homem que mantém distância um do outro. Por isso sou contra homossexual e mulher no futebol". É impossível dizer com certeza se Dinamite será um bom presidente, mas é inegável que o Vasco da Gama lucrará muito com a troca feita.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Esse é o espírito!

"Quem tem que estar desesperado é o adversário." - Renato Gaúcho.

"Tenho quase certeza que o gol que eu fiz foi o gol do título. Agora é ir pra cima deles no Maracanã para conquistar o título." - Thiago Neves.

"Desde já pedimos apoio ao torcedor. Não desista nunca. Vamos fazer o resultado no Maracanã." - Fernando Henrique.
Após ver seu time perder o primeiro jogo da final da Libertadores para a LDU, por 4 a 2, o torcedor tricolor teve um consolo. Apesar de todos os jogadores do Flu reconhecerem que a equipe esteve mal em campo, eles foram para o vestiário com o espírito de verdadeiros campeões, muito confiantes que o resultado negativo de Quito será revertido a favor do Flusão.

Motivos para tal confiança é o que não falta. O Fluminense passou nas Quartas pelo São Paulo, clube brasileiro com mais tradição na Libertadores. Depois, veio o Boca Juniors que não era eliminado por uma equipe do Brasil desde o Santos de Pelé, mas o Flu ignorou a História e avançou novamente. É bom lembrar que estes dois adversários, quando vieram ao Maracanã, perderam de 3 a 1, resultado que se for repetido no próximo jogo contra a LDU leva a partida para a prorrogação. E cá entre nós, Boca e São Paulo são muito superiores aos equatorianos.

Agora, resta à torcida pó-de-arroz esperar por mais intermináveis seis dias e lotar o Maraca na próxima quarta-feira. O Flusão venceu todas as suas partidas realizadas no Rio nessa Libertadores e a receita infalível tem sido confiança dos jogadores aliada ao incentivo dos torcedores. Todos os ingressos para o segundo jogo da final já foram vendidos e os jogadores estão certos da vitória. O que esperar então, se não um show do Flusão na grande final?

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Acorda Fogão!

O Botafogo começou mal o Brasileirão. São apenas duas vitórias em sete jogos e o clube já se encontra a apenas um ponto da zona de rebaixamento. A derrota em casa para a Portuguesa, no último sábado, mostrou que Geninho terá um trabalho duro pela frente.

Para deixar os alvinegros mais desesperados ainda, as notícias que vêm de General Severiano não são nada boas. O lateral Alessandro interessa ao clube grego Panathinaikos e o meia Carlos Alberto, segundo a imprensa italiana, estaria na mira da Internazionale de Milão, treinada por José Mourinho que já trabalhou com o jogador brasileiro no Porto. Além disso, o elenco está muito insatisfeito com o atraso no pagamento dos salários que já dura dois meses.

O sinal amarelo está aceso no Fogão e a chance de começar a transformá-lo em verde virá na próxima rodada. Seu adversário, Fluminense, deverá entrar em campo com o time reserva, que já deu muitas demonstrações de fraqueza este ano. Apesar disso, o técnico alvinegro Geninho teme o time tricolor.

- O Fluminense terá um time forte, porque não tem apenas 11 jogadores. Aqueles que entrarem em campo darão o máximo para mostrar serviço - analisa.

É inegável que a próxima partida do Fogão é a grande chance da equipe arrancar de vez neste Brasileirão. Mas para isto realmente acontecer, Geninho deverá montar seu time com um esquema bem menos cauteloso que suas palavras.

sábado, 14 de junho de 2008

Lá vêm eles de novo.

O jogo de hoje no Maracanã mostrou que o São Paulo acordou de vez no Brasileirão. Após vencer o Atlético Mineiro por 5 a 1, na última rodada, os atuais campeões brasileiro ignoraram a pressão dos 55 mil flamenguistas que pagaram pelo ingresso e venceram o Mengão por 4 a 2.

O primeiro tempo foi devagar, mas se fosse para um time sair vencedor, este seria o Flamengo. Porém, futebol não é sinônimo de justiça e, apesar do Fla ter arriscado muitos chutes e quase ter marcado duas vezes com Tardelli e Ronaldo Angelim, o tricolor paulista foi para o intervalo vencendo por 1 a 0. O gol foi de Borges, aproveitando a única chance clara que seu time criou.

O segundo tempo valeu o preço salgado ingresso. O Flamengo empatou com Ibson, de pênalti, aos 11, fazendo a torcida delirar e empurrar a equipe rumo à virada. Mas, o banho de água fria veio cinco minutos depois: Borges fez mais um. Para acabar com o sonho da vitória da torcida rubro-negra, Aluísio fez o terceiro do São Paulo, aos 19. O Mengão ainda descontou, novamente com Ibson, e pressionou muito depois de seu segundo gol, mas não conseguiu chegar ao empate. Para fechar o placar, Éder Luís aproveitou a desatenção da zaga adversária e anotou o seu, aos 47.

Nas primeiras quatro rodadas, o São Paulo perdeu uma e empatou outras três partidas.
Pensaram que Muricy Ramalho não faria mais seus jogadores produzirem como ano passado. Grande engano. O time tricolor mostrou um futebol muito eficiente contra o Flamengo: jogaram o tempo todo se defendendo e, apesar de terem feito quatro gols, foram poucas vezes ao ataque, mas souberam aproveitar as chances que criaram. Apesar do time da capital paulista ser um candidato seríssimo ao título do Brasileirão, não se pode esquecer que Flamengo e Fluminense também são.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Placar moral: 0 a 0.

Uma pelada! Esta frase exclamativa define bem o que foi o jogo de ontem entre Fluminense e Flamengo, realizado no Maracanã, válido pela quarta rodada do Brasileirão.

A baixa qualidade do futebol apresentado pelo Flu já era esperada, pois apenas um titular estava em campo: o goleiro Fernando Henrique. Com relação aos outros dez, a maior parte era constituída por jogadores muito joves, alguns ainda juniores, que se mostraram nervosos em certos momentos, principalmente Dieguinho que falhou feio no lance que originou o gol do Flamengo, anotado por Leonardo Moura, de pênalti.

O que não se esperava era a atuação irreconhecível do rubro-negro. Jogando contra os reservas do Fluminense, já que os titulares foram poupados para o próximo jogo da Libertadores, o mínimo aceitável era uma vitória convincente dos titulares flamenguistas. Porém, não foi o que se viu. O gol só veio aos 42 minutos do segundo tempo, quando o empate parecia já estar definido como placar final.

O resultado mais justo para a partida era, sem dúvida, 0 a 0. Foram poucas as chances claras de gol e o único motivo para as animações momentâneas de ambas as torcidas era tentar passar um pouco de empolgação para os 22 em campo.

Apesar de não merecer, o Fla saiu do Maraca com os três pontos e assumiu a segunda colocação do Brasileirão. Já o Fluminense é o lanterna do campeonato e não vê a hora da Libertadores acabar, seja para gritar "é campeão", seja para recuperar os pontos perdidos na competição nacional.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Tava tudo indo tão bem...

Fim de jogo em Buenos Aires. Boca Juniors 2, Fluminense também 2. Resultado excelente para o tricolor, que estará classificado à final da Libertadores se o jogo de volta terminar da mesma maneira que começar. O empate em 1 a 1 e, logicamente, a vitória também servem ao Flu.

Parecia que o começo da madrugada seria ótimo para os clubes do Rio, à exceção do Flamengo. Porém, minutos depois veio a tragédia e, para piorar, em dose dupla. Os jogos de Vasco e Botafogo, ambos decidiriam um dos finalistas da Copa do Brasil, tiveram o mesmo resultado das partidas de ida, apenas invertendo o ganhador. Assim, os dois confrontos foram decididos nos pênaltis.

Em São Paulo, no Morumbi, após ganhar no tempo regulamentar por 2 a 1, o Corinthians foi o time que inaugurou as cobranças. Suas cinco primeiras foram perfeitas, assim como foram as quatro primeiras do Fogão. Mas o quinto cobrador do Glorioso, Zé Carlos, falhou no momento decisivo: bateu fraco, a meia altura, e o goleiro Felipe defendeu. Resultado: Botafogo eliminado e o técnico Cuca pediu demissão. Geninho é o novo comandante do Bota.

O Vasco venceu o Sport por 2 a 0 e, por isso, a definição ficou para depois dos 90 minutos. A decisão por pênaltis já estava quase acabando quando teve fim a história do Botafogo na Copa do Brasil. Sorte daqueles que perderam o início das cobranças em São Januário, pois não viram Edmundo, que fez o segundo gol do Vascão, isolar a bola ao dar aquele que seria o chute responsável pela eliminação de seu time, já que o clube pernambucano teve 100% de aproveitamento em suas cobranças. Hoje, Edmundo conversou com o presidente do Time da Colina, Eurico Miranda, e propôs uma recisão de contrato, mas esta não foi aceita por seu superior.

Agora que Botafogo, Vasco e Flamengo disputam apenas o Brasileirão, resta aos torcedores destes times ter que assistir e, talvez alguns, torcer para o Fluminense às quartas-feira.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

"Vamos Flusão! Vamos ganhar!"

Penúltimo colocado no campeonato nacional, com um empate e duas derrotas em três jogos e um saldo negativo de três gols. Qualquer um diria que este time está em crise, que o técnico está ameaçado e que a diretoria está desesperada atrás de reforços. Mas esta mesma pessoa mudaria de idéia ao saber que estamos falando do Fluminense.

Mudaria de idéia porque o tricolor está, pela primeira vez em sua história, na semi-final da Libertadores. O clima no clube é ótimo, ainda mais depois de Washington ter desencantado em seu último jogo, quando seus dois gols contribuíram para eliminar o São Paulo.

Desta vez, o adversário será o temido Boca Juniors. A boa notícia para o Flu é que a partida não será no caldeirão conhecido como La Bombonera, devido a uma punição ao clube argentino. Mesmo assim, os jogadores brasileiros terão que aguentar a pressão da torcida azul e amarela que canta os 90 minutos seja onde for o jogo.

Agora, só nos resta esperar até quarta-feira para conhecermos o time que largará em vantagem nessa semi-final. O Fluminense tem que entrar no gramado e fazer aquilo que sua torcida pede ao cantar uma das músicas mais bonitas do Rio: ganhar! Não deve ficar acuado em seu campo de defesa, pois o Boca tem qualidade suficiente para furar uma boa retranca, além de que gols marcados fora de casa são importantíssimos nessa competição continental.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Bruno e o travessão: melhores amigos.

Na tarde de ontem, no Estádio Olímpico, Grêmio e Flamengo se enfrentaram em jogo válido pela segunda rodada do Brasileirão. O jogo terminou empatado, 0 a 0, e foi difícil definir o destaque da partida: o goleiro rubro-negro Bruno ou o travessão da baliza defendida por ele.
O Flamengo não saiu do zero, inclusive parecia querer isto, devido a falta de coragem de partir para cima do adversário. Esta postura deve ter sido ordem do técnico Caio Júnior, já que este declarou, após os 90 minutos, que ficou muito satisfeito com o empate fora de casa. A única chance real de gol do Fla foi aos três minutos do primeiro tempo. Juan que estava de frente para o goleiro, ao invés de chutar, preferiu tocar a bola para Diego Tardelli, mas o passe não saiu como ele queria. Foi só.
A razão para o Grêmio não ter saído do zero é completamente diferente. O time não abdicou do ataque em momento algum, mas encontrou pela frente um goleiro inspiradíssimo que, para azar dos gremistas, fez jus ao ditado: "goleiro bom tem que ter sorte". Além de realizar defesas espetaculares, Bruno assistiu, sem reação alguma, por duas vezes a bola explodir em seu travessão, a primeira após testada de Pereira e a outra depois de um chute de longe de Léo. Para encerrar com chave de ouro, o goleiro ainda pegou um tiro à "queima-roupa" de Eduardo Costa no último lance da partida.
O tricolor do sul jogará em casa novamente na próxima rodada, dessa vez contra o Náutico. Já o Flamengo pegará o Internacional, também em casa, no primeiro dos quatro jogos seguidos que fará no Maracanã. É o momento perfeito de somar muitos pontos para não sentir falta, lá em dezembro, no final do campeonato.






quinta-feira, 15 de maio de 2008

Noite imperial no Morumbi.

Em jogo válido pelas quartas-de-final da Libertadores, São Paulo e Fluminense se enfrentaram em um Morumbi lotado. O tricolor paulista largou em vantagem, pois venceu o jogo, 1 a 0, e vem para o Rio, na próxima semana, precisando apenas de um empate para avançar de fase.

O Flu teve dois problemas no jogo. O primeiro foi que nenhum de seus onze jogadores jogou bem, desde o goleiro, que falhou no gol ao rebater a bola para o meio da área, até os atacantes que foram nulos o tempo todo. Só no segundo tempo, o torcedor carioca viu brilho em seu time. O responsável por isto foi Conca que veio da reserva e quase empatou o marcador em uma bela jogada individual.

O segundo problema que atordoou o Fluminense foi imperial. Adriano, o matador do São Paulo, estava inspirado, principalmente no primeiro tempo. Autor do único gol da noite, o Imperador levou vantagem nos embates contra os zagueiros adversários, em especial Roger, e deu muita dor de cabeça ao goleiro Fernando Henrique. A recompensa de Adriano, não só por este jogo, como também pela boa temporada, veio no dia seguinte. Dunga, técnico da seleção brasileira, o convocou para os confrontos contra Paraguai e Argentina.

Apesar da derrota, Renato Gaúcho estava muito confiante na coletiva pós-jogo. Ele tem toda a razão para tal postura, já que seu time ainda não perdeu nem tomou gol no Maracanã em jogos da Libertadores, o que leva a crer que o Fluminense conseguiu um bom resultado em São Paulo.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Saldo positivo na estréia do Brasileirão.

Duas vitórias, um empate e uma derrota. Esses foram os resultados dos cariocas na estréia do Brasileirão 2008.

O pior resultado foi do Vasco. Uma derrota contra o Inter no Beira-Rio seria aceitável em condições normais, mas o Colorado jogou com o time reserva, enquanto que do outro lado apenas Edmundo foi poupado. Preocupante foi o time de Antônio Lopes não mostrar poder de reação, pois sofreu um gol aos dois minutos de jogo e durante o restante da partida ameaçou o goleiro adversário em raríssimas oportunidades. Resultado final: Inter 1 x 0 Vasco.

O empate, 0 a 0, ficou por parte do Fluminense que foi até Minas Gerais enfrentar o Atlético. Renato Gaúcho poupou a maioria dos titulares, botando muitos garotos em campo. Por isso e pelo jogo ter sido fora de casa, o resultado pode ser considerado bom para o Flu. Mas resultado bom, o tricolor carioca quer é contra o São Paulo, adversário de amanhã pelas quartas-de-final da Libertadores.

A primeira vitória do Rio no Brasileirão veio com o Botafogo. O placar foi de 2 a o, com gols de Jorge Henrique e Diguinho. O time de Cuca entrou em campo sem sete titulares, poupados ou machucados, e surpreendeu aqueles que afirmam que o Bota não tem elenco. Agora, as atenções alvinegras se voltam para a Copa do Brasil, pois o Galo mineiro vem para o Rio decidir quem passa às semi-finais.

A segunda vitória carioca do dia foi do Flamengo. Tudo bem que o time do Santos estava cheio de garotos e a maioria, aparentemente, nervosos, mas o ótimo resultado, Fla 3 x 1 Santos, serviu para levantar a moral dos jogadores rubro-negros que estava abalada após a fatídica eliminação da Libertadores. Marcinho, Ibson e Juan marcaram para o Fla e Morais para o time da Vila. O triste foi ver o Maraca sem público, devido a uma punição do STJD ao clube carioca.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Que vexame! Que vergonha!

Inacreditável o que se viu na noite de ontem no Maracanã. O Flamengo poderia perder até por dois gols de diferença que, mesmo assim, conseguiria a classificação à próxima fase. Mas conseguiu tomar três gols de um time fraco que é o lanterna de seu campeonato nacional. Com os gols tomados, era preciso que o Fla marcasse apenas uma vez para não ser eliminado, mas com o futebol apresentado ontem, o jogo poderia ter 200 minutos que a bola não entraria na rede do América-Mex.

Na postagem após a vitória do Flamengo no México, dizia que só uma catástrofe de proporções bíblicas faria o Flamengo sair da Libertadores. E foi justamente o que aconteceu, mas não só o placar teve essa tamanha proporção, como também a festa para Joel. Aquilo ali já mostrava que os jogadores estavam pouquíssimos concentrados na decisão. O futebol já cansou de mostrar que é o esporte mais imprevisível de todos, por isso o mais apaixonante, mas, ainda assim, o rubro-negro carioca entrou em campo em clima de oba-oba, o famoso ''já ganhou''. Os deuses do futebol não perdoam.

O Mengo envergonhou sua torcida e também o futebol carioca que vinha bem no meio de semana, pois Vasco e Flu haviam ganhado seus jogos, até a fatídica noite de 7 de maio de 2008. Agora, o novo técnico, Caio Jr, precisará mostrar que não foi contratado à toa. Terá que ser psicólogo, motivador e treinador ao mesmo tempo, pois uma derrota como a de ontem costuma acabar com o ano de um clube.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Suderj informa: no Rio, Fla 30 x 30 Flu.

Finalmente o Fluminense teve o seu número de títulos estaduais igualado. O autor dessa proeza foi o Flamengo que, com a vitória de 3 a 1 sobre o Botafogo, chegou ao seu trigésimo título carioca. Outra marca de destaque é a conseguida pelo comandante rubro-negro, Joel Santana, que ganhou pela sexta vez essa competição.
A vantagem nas arquibancadas foi do Flamengo durante todo o espetáculo, mas, no campo, ela demorou 23 minutos para acabar. Lucio Flavio cruzou para área, a bola não desviou em ninguém e, segundo o goleiro flamenguista Bruno, ao quicar no gramado, a redonda ganhou velocidade e o enganou: um frangaço. O primeiro tempo teve apenas este gol e o placar agregado das duas partidas era 1 a 1. Os próximos 45 minutos decidiriam qual time sairia campeão do Maraca.

Na segunda etapa, valeu a força do banco de suplentes do Fla. Logo aos três minutos, Obina, vindo da reserva, deixou o placar igual. O Fogão ainda tentou reagir, mas a expulsão de Renato Silva, aos 30 minutos, acabou com a força alvinegra. Diego Tardelli, outro que não começou como titular, também fez o seu, aos 37 minutos, virando o jogo. O golpe de misericórdia veio com o xodó da torcida rubro-negra, Obina, que, aos 46 minutos, recebeu cruzamento rasteiro de Tardelli e só precisou empurrar a bola para as redes. Placar final: Bota 1 x 3 Fla.

Apesar de todas as críticas feitas ao Estadual, é possível dizer que seu saldo foi positivo. Músicas novas, muitos clássicos decisivos, sucesso de público nas finais, algumas surpresas( o artilheiro do campeonato Wellington Paulista como a maior delas), todos esses ingredientes nos farão sentir saudade da edição de 2008 do campeonato mais charmoso do Brasil. Agora, que venham o restante da Libertadores, da Copa do Brasil e o Brasileirão!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Fla e Flu fazem o dever de fora de casa.

Melhor impossível. Flamengo e Fluminense deram um passo gigantesco rumo às quartas-de-final da Libertadores 2008 ao vencerem seus desafios fora de casa. Com a classificação já bem encaminhada, já é possível até que ambos comecem a pensar em seus próximos adversários da próxima fase.

O Flamengo vinha embalado devido a vitória contra o Botafogo, no último domingo. Com isso, não teve altitude nem pressão da torcida adversária que conseguissem segurar o Mengão. O time de Joel foi muito superior ao América-Mex e os quatro gols feitos foram poucos, pois a quantidade de chances claras criadas pelo ataque rubro-negro foi imensa. O Fla foi vazado duas vezes pelo clube mexicano, mas a vantagem construída é muito boa e só uma catástrofe de proporções bíblicas fará o time carioca ser eliminado da competição.

O Flusão ganhou por um gol de diferença do Nacional-Col, com Thiago Neves e Conca marcando para o tricolor e Arrué para os colombianos. Assim, o Flu pode até perder por 1 a o, no Maracanã, que passa à próxima fase. Da mesma maneira que seu rival Flamengo, o Fluminense mostrou-se superior tecnicamente ao seu adversário e não deverá dar chance para o azar no próximo confronto contra o clube colombiano, que será realizado terça-feira que vem. Outro ponto positivo foi a volta ao gramado de Dodô que faz com que a torcida pó-de-arroz volte a ter confiança no ataque de seu time, pois Washington anda em baixa ultimamente.

Agora só nos resta esperar até semana que vem para enchermos o Maraca na terça, com o Flu, e na quarta, com o Fla. Mas enquanto isso, temos a segunda final do Estadual como aperitivo no domingo.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Mengo larga em vantagem.

Flamengo e Botafogo iniciaram ontem, num Maracanã cheio, os trabalhos da grande final do Estadual. O resultado, Fla 1 x 0 Bota, até que era esperado, pois o alvinegro foi pro jogo com 4 desfalques, enquanto que seu rival jogou sem apenas um titular: Renato Augusto.

O primeiro tempo foi difícil de assistir. Nenhum dos dois times buscou com muita vontade abrir o marcador e o que chamou atenção foi o número excessivo de faltas, que sempre geravam um ''bate-boca'' entre os jogadores adversários. Com esse cenário, seria surpreendente se alguma equipe fosse para o intervalo em vantagem.

Logo aos dois minutos, deu para perceber que a etapa final seria melhor que a inicial, pois o flamenguista Souza obrigou o goleiro Renan a fazer uma defesa espetacular, à queima roupa. E o jogo seguiu assim, movimentadíssimo, mas o único gol da partida só foi acontecer aos 35 minutos. O iluminado Obina, é assim que ele se considera, recebeu passe Diego Tardelli e precisou apenas tocar a bola para o fundo das redes, colocando o Mengo em vantagem. A partir daí, o placar não foi mais alterado e o rubro-negro vai para o segundo confronto podendo empatar para ser campeão.

Certamente, domingo que vem, veremos um jogo melhor do que o de ontem. Isso porque tanto Cuca, quanto Joel, poderão fazer uso do melhor jogador de seus elencos, Jorge Henrique pelo Botafogo e Renato Augusto pelo Flamengo. Maraca lotado, muitos gols, festa das torcidas, jogo limpo, é isso que o povo quer ver na grande decisão do dia 04 de maio.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Uma noite descontraída.

Já tinha me esquecido o quanto divertido é assistir uma partida no Maracanã no meio da galera lá na arquibancada. Ultimamente, tenho ido de cadeira, a geral vip, onde é animado também, mas que não dá para comparar com a empolgação que as baterias das torcidas organizadas geram em você no momento dos cantos.

Ontem à noite, fui ao Maraca de arquibancada amarela. Foi um programa perfeito, com direito a conhecer novas músicas da torcida, ver gol de goleiro e comemorar ao lado dos amigos. Mas a cereja do sundae foi ir ao estádio, pela primeira vez, com a minha namorada que era responsável pela continuação do brilho nos meus olhos nos momentos em que Toró ou Jailton aprontavam das suas. Ah, falando nos jogadores, acabei me lembrando do jogo em si: Fla 2 x 0 Bolognesi.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Bicampeão!

O Rio de Janeiro conheceu ontem o campeão da Taça Rio. É o Fogão, ganhador da taça pelo segundo ano consecutivo, que pegará o Flamengo na decisão do Estadual nos próximos dois domingos.

Durante toda a primeira etapa, houve poucas chances claríssimas de gol. A primeira melhor oportunidade de abrir o marcador foi do Fluminense, com Washington. Ele desperdiçou um pênalti cometido por Renato Silva que, mais tarde, apareceria novamente, mas de outra maneira. O Botafogo também quase fez o seu, Alessandro acertou um belo chute na trave de Fernando Henrique, após ter deixado o lateral tricolor Junior Cesar no chão. Apesar do 0 a 0, o jogo estava bom.

O Fluminense voltou melhor para o segundo tempo, mas quem saiu com a vitória foi o time de Cuca. Isso porque, como disse Lucio Flavio depois da partida, o Botafogo jogou a etapa final na base do coração. Aos 29, o botafoguense Alessandro foi expulso, mas o Flu não partiu para cima com muita vontade, e, mesmo com menos jogadores em campo, o Fogão passou a pressionar até que achou o seu gol. Este veio com Renato Silva que, de quase vilão no início do jogo, passou a herói do título. O Fluminense ainda tentou na base do ''abafa'' chegar ao empate, mas teve que sair de campo vendo a festa da torcida alvinegra.

Apesar da alegria da conquista, Cuca tem muito com o que se preocupar para o primeiro jogo das finais do Estadual. Alessandro e Jorge Henrique foram expulsos e ficam fora, pelo menos, da primeira partida final. Além disso, o goleiro Castillo saiu de campo contundido e dizendo que dificilmente estará bem fisicamente daqui a sete dias. Desfalques à parte, é certo que teremos dois jogos decisivos eletrizantes, seja pelo recente crescimento da rivalidade entre os dois times, seja pela qualidade de ambos os elencos. Ah, por favor, alguém peça para o botafoguense Túlio e para o rubro-negro Juan não virem mais com a chatice do chororô.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Festa carioca.

O meio de semana foi bom para os times cariocas. O único grande que não jogou foi o Flamengo, que enfrentará o Bolognesi semana que vem, mas Bota, Flu e Vasco foram à campo e saíram com bons resultados.

O Flu garantiu a primeira colocação de seu grupo ao bater, na noite de ontem, a LDU, por 1 a 0, e tem tudo para passar à próxima fase como o melhor dos dezesseis classificados. Apenas resultados improváveis impediriam isto, como goleada de seis do Fla e vitória de 3 do Atlas que jogará fora de casa.

O Botafogo foi até São Paulo, na quarta-feira, para enfrentar a Portuguesa e voltou com um bom resultado: 1 a 1. Só para variar, Wellington Paulista marcou mais uma vez e agora é o artilheiro da Copa do Brasil com 5 gols. No Engenhão, o time de Cuca deve conseguir a classificação às quartas-de-finais sem grandes dificuldades.

O Vasco também ganhou, 1 a 0 contra o Criciúma, mas é o clube carioca que deve ficar mais atencioso no jogo de volta, que será na casa do adversário. O time de Santa Catarina é o líder do returno do Estadual e está a dez jogos invicto por lá. Qualquer empate classifica o Vascão, mas é difícil o Criciúma, com o apoio da sua torcida, sair de seu campo sem uma vitória. Antônio Lopes deve mandar seu time partir para cima, buscando logo um gol, o que obrigaria a outra equipe fazer, no mínimo,três para se classificar à próxima fase.

Todos estão muito empolgados com Libertadores e Copa do Brasil, mas as atenções, pelo menos de Fluminense e Botafogo, devem ser voltadas para a final da Taça Rio, que será disputada no domingo. Promessa de um jogão que será assistido por Fla e Vasco à espera de seus jogos na quarta-feira.

domingo, 13 de abril de 2008

Bota e Flu fazem suas partes.

A final da Taça Rio está decidida: Botafogo x Fluminense. Os jogadores de ambos os times parecem ter combinado o discurso, pois, após as semi-finais, tricolores e alvinegros declararam estar encarando a final do segundo turno apenas como a semi-final do Estadual, o famoso ''ainda não ganhamos nada''.
No sábado, aconteceu o melhor jogo do fim de semana. Vasco e Fluminense fizeram uma partida tão equilibrada (1 a 1) que o vencedor só foi conhecido após cobranças de pênalti, melhor para o clube das Laranjeiras que não desperdiçou nenhuma cobrança e viu o jovem estreante Pablo errar a sua. Mas o torcedor vascaíno não deve ficar tão triste, seu time fez a melhor apresentação do ano, jogando de igual para igual com uma equipe bem superior tecnicamente.

Hoje, Flamengo e Botafogo entraram em campo para decidir quem seria o adversário do Flusão. Acho que o rubro-negro foi para o jogo só para não perder de WO, pois os jogadores mostraram que não tinham condições de disputar os 90 minutos, todos cansados devido à longa e cansativa viagem de volta do Peru. O Fogão percebeu rapidamente a fragilidade física do Mengo e partiu para cima desde o início do jogo, o resultado foi um fácil 3 a 0 para a equipe de Cuca, acabando com a possibilidade do clube da Gávea ganhar o Campeonato Carioca domingo que vem.

Agora, nos resta esperar uma semana para conhecermos o grande campeão da Taça Rio. Façam suas apostas. Quem leva a melhor? O futebol envolvente dos aplicados jogadores botafoguenses ou a habilidade individual dos craques tricolores? O Flamengo espera de camarote pela resposta.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Ainda bem que eu errei!

Pela manhã, na faculdade, dizia para meus amigos que o Flamengo perderia, com certeza, a partida contra o Cienciano. Não que eu torcesse para isso, muito pelo contrário, mas o retrospecto de ambos os times indicava vitória certa do time peruano. O Mengão ainda não havia vencido fora de casa pela Libertadores e o Cienciano estava invicto em casa havia 18 jogos. Mas o improvável aconteceu: Cienciano 0 x 3 Fla.
O jogo mal começou e a torcida flamenguista já sentiu aquele frio na espinha, pois Toró, já aos três minutos, recebeu um cartão amarelo. Mas foi só, o time em nenhum outro momento se mostrou nervoso. O primeiro tempo acabou com um empate sem gols, resultado justo porque o time carioca não acertou um chute no gol e o Cienciano ameaçou Bruno apenas duas vezes, mas sem grande perigo.

A calmaria da primeira etapa não se prorrogou na segunda. Isso devido ao Flamengo que percebeu que a altitude não era nenhum bicho de sete cabeças e partiu pra cima. O time de Joel abriu o marcador, com Renato Augusto, aos oito minutos, e, claramente, os peruanos sentiram o golpe. A situação rubro-negra ainda melhorou quando, aos 17 minutos, Balazar foi expulso. O segundo e o terceiro gols foram questão de tempo e vieram com Toró e Juan, respectivamente.

O Mengo voltou do Peru já classificado e agora espera a última rodada para saber se passa em primeiro ou segundo lugar de seu grupo. Porém, isto deve ficar em segundo plano no momento, já que, no domingo, enfrentará o Botafogo pela semi-final da Taça Rio.

Apesar de ter descoberto minha incompetência em prever o placar final da partida, fiquei muito satisfeito em ver mais um time carioca se classificando para a próxima fase, mostrando que não estamos tão decadentes quanto parece. Acho que tempos difíceis virão e prevejo que Fla e Flu serão eliminados da Libertadores, enquanto Vasco e Botafogo pularão fora da Copa do Brasil.

domingo, 6 de abril de 2008

Tristeza geral.


O Rio de Janeiro amanheceu de luto neste domingo. Isso porque, na tarde de ontem, o América teve seu rebaixamento decretado à segunda divisão do Estadual. Sua situação era complicadíssima, já que necessitava ganhar e torcer para tropeços de Mesquita e Cardoso Moreira. O Mequinha até fez a sua parte, ganhou do Friburguense por 2 a 0, mas o resultado do jogo do Mesquita não foi favorável para suas pretensões e, agora, os americanos terão que esperar até 2009 para ver seu time jogar novamente por competições oficiais.
Foram 100 anos consecutivos na primeira divisão do Campeonato Carioca, com sete conquistas estaduais, uma Taça Guanabara e uma Taça Rio. Mas, a partir de hoje, a história do segundo time de todos os cariocas fica manchada. Mancha que deve ser encarada como um estímulo para que o clube se reestruture e retorne aos tempos de glória, só assim esse episódio triste poderá ser apagado de nossas memórias. Termino o texto com uma frase do torcedor fotografado, Vágner Siqueira, que espera que os dirigentes do América tenham aprendido uma lição com o acontecido : Quem sabe o rebaixamento não vai servir para o clube se organizar novamente?